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Intervenção na íntegra:
«Começo a minha intervenção de hoje, pedindo aos presentes uma reflexão sobre o conceito de humanização, que é, segundo o novo dicionário da língua portuguesa, “realizar qualquer ato considerando o ser humano como um ser único e complexo, onde está inerente o respeito e a compaixão para com o Outro”.
Humanizar é valorizar cada ser humano. É generosidade. É compaixão. É preocupação. É tolerância. É tornar confortável. É ser cortês. É ser educado. É acima de tudo, respeitar – respeitar o Outro e a nós próprios, enquanto elementos de uma comunidade/ sociedade.
É com base nestes valores que pauto o meu trabalho e os das unidades orgânicas que dependem de mim.
A propósito disto, na passada quinta-feira, estive no encontro Humanizar a Saúde – ao encontro dos bons exemplos, onde desafiei o Sr. Prof. Doutor João Pedroso de Lima, que encabeça o Movimento Cívico “Humanizar a Saúde”, para que o espectro fosse alargado a outras áreas, como a educação. Vejamos a citação do Papa Francisco “a educação é um dos caminhos mais eficazes para humanizar o mundo e a história. A educação é sobretudo uma questão de amor e de responsabilidade que se transmite no tempo, de geração em geração”.
A educação não é uma arma de arremesso, nem devia ser objeto, nunca, de manobras e ataques políticos.
O que importa na educação são os alunos e alunas, os professores e professoras, os assistentes operacionais e as assistentes operacionais, as mães, os pais e os encarregados de educação.
Reforço o que referi na última reunião de Câmara, o número de alunos, no ensino público, no concelho, aumentou cerca de 5%, em comparação com o ano letivo transato, e aumentou também o número de salas em todos os ciclos de ensino, de 687 para 712, o que perfaz uma variação de 4%.
Temos consciência do estado de algumas escolas, mas não posso admitir que nos declarem culpados de todas as anomalias dos edifícios escolares, dado que a maioria deles padecem de debilidades há anos.
Estamos a trabalhar, com responsabilidade, para a manutenção/ reabilitação e conservação das escolas, que não foi feita nos últimos anos.
Estou e continuarei a estar disponível, sempre, para pais, mães, encarregados e encarregadas de educação, professores e professoras, alunos e alunas, para juntos, porque só assim é possível o sucesso, trabalharmos para melhores condições nas escolas.
Na passada quinta-feira, dia cheio em Coimbra, realizou-se a 3ª edição do encontro “Desafiar a Inclusão – os desafios da autonomia”, organizado pelo grupo da pessoa com deficiência da Rede Social de Coimbra. Neste encontro foram debatidas várias temáticas: a sustentabilidade das instituições; os cuidadores informais e a vida independente e o preconceito em ambiente social. Este encontro contou com vários testemunhos pessoais e instituições de todo o país, que trabalham com pessoas com deficiência.
Deste encontro saliento algumas reflexões:
- Inclusão é todos termos os mesmos direitos;
- Responsabilidade ou negligência do Governo Central em matérias de inclusão;
- Os pais de adultos com deficiência são idosos – precisam de cuidados e são cuidadores;
- Saúde mental dos cuidadores;
- Importância dos centros para a vida independente, para além do assistencialismo;
- Falta de acomodações necessárias para a pessoa com deficiência viver em pleno;
- O preconceito nasce connosco ou é-nos incutido pelo meio onde crescemos e vivemos?
Iniciou ontem a semana dedicada aos mais velhos, com a comemoração do Dia Internacional do Idoso, no Parque Verde, numa ação entre a Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos e o Consórcio Ageing@Coimbra, do qual o Município de Coimbra faz parte.
Amanhã e quarta-feira, terão lugar as 1ª Jornadas Nacionais de Promoção de um Envelhecimento Ativo e Bem Sucedido, organizado pelo Gabinete de Gerontologia e Envelhecimento Ativo e que conta com mais de 300 inscritos, de norte a sul do país. Esta semana, termina na sexta-feira, com a atividade “Pedalar sem idade – pelo direito ao vento nos cabelos”, onde será possível às pessoas com mais de 65 anos, andarem em bicicletas adaptadas, no Parque Verde.
Por último, referir que no âmbito das candidaturas ao 1º Direito/PRR, o Município viu aprovadas mais 2 candidaturas:
i) Reabilitação de 52 fogos, no Bairro da Rosa – 2.042.945,25€;
ii)Reabilitação de 23 fogos, no Bairro da Rosa – 867.119,17€.
É de extrema importância continuar a apostar na reabilitação de habitações sociais em Coimbra, que não sofreram, muitas delas, qualquer intervenção em muitos anos. Através destas candidaturas, agora aprovadas, conseguimos continuar a dignificar o parque habitacional municipal e a melhorar as condições de habitabilidade das pessoas.»